Exercício depois dos 60: é seguro mesmo com doenças e medicação? Descubra como...

INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo natural, mas que traz consigo algumas mudanças físicas e de saúde. Muitas pessoas com mais de 60 anos reconhecem a importância do exercício e de se manterem ativas, muitas vezes até já lhes foi recomendado por profissionais de saúde, no entanto, hesitam em iniciar um programa de exercício físico. Tal facto é devido, em alguns casos, à existência de doenças crónicas, dores persistentes, limitações da mobilidade ou mesmo pelo facto de tomarem vários medicamentos em simultâneo (que podem afetar a capacidade de realizar exercício).


Portanto, a dúvida é legítima: será seguro começar a fazer exercício nestas condições? A resposta é sim — desde que o exercício seja adaptado, acompanhado e realizado em ambiente seguro.



O QUE MUDA NO CORPO DEPOIS DOS 60 ANOS, ALTERAÇÕES NATURAIS DO ENVELHECIMENTO

Com o avançar da idade, ocorrem alterações fisiológicas naturais:

  • Diminuição da massa muscular e da força (sarcopenia);
  • Perda de densidade óssea, aumentando o risco de osteoporose e fraturas;
  • Alterações no equilíbrio e coordenação, que aumentam o risco de quedas;
  • Maior prevalência de doenças crónicas, como hipertensão arterial, diabetes, artroses ou problemas cardíacos;
  • Polimedicação (uso de vários medicamentos em simultâneo), que pode interferir com o desempenho físico e o risco de efeitos adversos.


Estas alterações fazem com que o exercício na idade sénior tenha de ser planeado e supervisionado, respeitando as necessidades individuais de cada pessoa.



BENEFÍCIOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NA IDADE SÉNIOR

A evidência científica é clara: o exercício físico regular é um dos melhores “medicamentos” para envelhecer com saúde. Alguns benefícios comprovados são:

  • Melhoria da força e mobilidade, permitindo realizar tarefas do dia a dia com mais facilidade;
  • Redução do risco de quedas, uma das principais causas de hospitalização nesta faixa etária;
  • Controlo da dor em situações como artroses e lombalgias;
  • Melhoria da saúde cardiovascular e metabólica, ajudando a controlar diabetes, hipertensão e colesterol;
  • Impacto positivo na saúde mental, reduzindo sintomas de depressão, ansiedade e isolamento social.



PRINCIPAIS RISCOS E CUIDADOS A TER NO EXERCÍCIO DEPOIS DOS 60 ANOS

Apesar dos benefícios, há fatores que exigem atenção:

  • Doenças cardiovasculares (ex.: hipertensão, angina, insuficiência cardíaca), necessária monitorização;
  • Diabetes (tipo 2, mais frequente nesta idade), risco hipoglicemias;
  • Doenças osteoarticulares (artroses, tendinopatias, cervicalgias, lombalgias, osteoporose, entre outras);
  • Alterações do equilíbrio e coordenação, risco de quedas associado;
  • Problemas respiratórios (ex.: DPOC, asma);
  • Problemas neurológicos (Parkinson, sequelas de AVC);
  • Polimedicação, adaptação dos exercícios;
  • Hidratação e termorregulação, risco de desidratação;
  • Intensidade e progressão do exercício devem ser graduais e ajustadas à condição clínica.
  • Avaliação inicial rigorosa (antes de iniciar a atividade)


Isto significa que não basta “ir para o ginásio” ou seguir um vídeo de internet. O risco de realizar movimentos inadequados ou exagerar na intensidade pode provocar lesões ou agravar sintomas. Ou seja, o exercício físico é seguro e altamente benéfico — mesmo quando existem doenças crónicas — desde que seja acompanhado por um profissional de saúde devidamente habilitado. É essencial que o processo de avaliação, prescrição de exercício, acompanhamento e seguimento seja realizado por um  fisioterapeuta especializado em exercício na população sénior.



EXERCÍCIO CLÍNICO SÉNIOR: PORQUE O ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO FAZ A DIFERENÇA.

É aqui que entra o papel do do fisioterapeuta no exercício clínico sénior:

  • O fisioterapeuta tem formação em saúde e conhece em profundidade as alterações associadas ao envelhecimento;
  • Avalia as condições individuais de cada pessoa (doenças, limitações, medicação);
  • Atua em parceria com outros profissionais de saúde, caso seja necessário (médicos, nutricionistas, entre outros);
  • Define um programa de exercício personalizado, seguro e ajustado;
  • Garante que a prática de exercício é feita em ambiente clínico, acompanhado, e não em contexto genérico de ginásio;
  • Ajuda a ganhar confiança no movimento, ultrapassando o medo inicial.



CONCLUSÃO

Ter doenças crónicas ou tomar vários medicamentos não deve ser visto como um obstáculo para se manter ativo. Pelo contrário: nestas situações, o exercício clínico adaptado e acompanhado é ainda mais essencial para garantir saúde, autonomia e qualidade de vida.


Na Intrafisio – Centro de Fisioterapia em Coimbra, trabalhamos diariamente com pessoas com mais de 60 anos, ajudando-as a recuperar a confiança no movimento, com toda a segurança e acompanhamento especializado.


Se tem interesse em compreender melhor como está a saúde funcional (força, equilíbrio, resistência e mobilidade), convidamo-lo a realizar a Avaliação da Idade Funcional — um primeiro passo simples, sem compromisso, que permite perceber o estado atual e definir estratégias seguras para envelhecer em movimento.



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Fisioterapeuta Óscar Caridade
Ordem dos Fisioterapeutas 805



INTRAFISIO – Centro de fisioterapia referência em exercício clínico sénior em Coimbra

www.intrafisio.pt

INTRAFISIO, LDA – NIPC 513036385
Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal
Número de Registo ERS: 23601 – Licença de Funcionamento: 23687


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