Exercício e memória: pode o movimento ajudar a prevenir o declínio cognitivo?

INTRODUÇÃO

Muitas pessoas associam envelhecer apenas a alterações físicas — perda de força, mobilidade ou energia. No entanto, uma das maiores preocupações das famílias é o declínio da memória, da atenção e da capacidade de raciocínio. O medo de desenvolver demência ou de deixar de ser autónomo é real e afeta profundamente tanto quem vive essa situação como os seus familiares.

A ciência tem mostrado, de forma consistente, que o exercício físico não atua apenas no corpo, mas também no cérebro. A atividade física regular é hoje reconhecida como uma das estratégias mais eficazes para prevenir ou atrasar o declínio cognitivo associado ao envelhecimento.



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PORQUE É QUE A MEMÓRIA SE ALTERA COM O ENVELHECIMENTO?

Com o avançar da idade, o cérebro sofre alterações estruturais e funcionais:

  • Redução do volume cerebral, especialmente no hipocampo, região ligada à memória.
  • Diminuição da circulação cerebral e do aporte de oxigénio.
  • Alterações nos neurotransmissores, que afetam a comunicação entre neurónios.
  • Inflamação crónica de baixo grau, que interfere com a função cognitiva.
  • Maior prevalência de doenças como hipertensão, diabetes ou colesterol elevado, que comprometem a saúde cerebral.


Estas mudanças explicam porque muitas pessoas começam a ter lapsos de memória ou maior dificuldade em concentrar-se após os 60 anos.


CONSEQUÊNCIAS DO DECLÍNIO COGNITIVO

O declínio cognitivo não afeta apenas a memória, mas toda a vida social e emocional:

  • Esquecimento de tarefas simples do dia a dia.
  • Dificuldade em gerir a medicação ou as finanças pessoais.
  • Perda de autonomia para viver de forma independente.
  • Ansiedade e frustração associadas às falhas de memória.
  • Sobrecarga e preocupação dos familiares.


COMO O EXERCÍCIO AJUDA O CÉREBRO

A evidência científica mostra que o exercício físico regular promove alterações positivas no cérebro:

  • Melhora a circulação cerebral e o aporte de oxigénio e nutrientes.
  • Estimula a neuroplasticidade, aumentando as ligações entre neurónios.
  • Favorece a libertação de fatores de crescimento neuronal, como o BDNF (Brain-Derived Neurotrophic Factor).
  • Reduz a inflamação crónica, associada a doenças neurodegenerativas.
  • Melhora o humor e reduz sintomas de depressão e ansiedade, que também afetam a função cognitiva.


Estudos mostram que pessoas fisicamente ativas apresentam menor risco de desenvolver demência e melhor desempenho em testes de memória e atenção.


QUE TIPOS DE EXERCÍCIO SÃO MAIS EFICAZES?

As recomendações internacionais (OMS, ACSM) apontam que a combinação de diferentes modalidades é a abordagem mais completa:

  • Exercício aeróbico (caminhadas rápidas, bicicleta, hidroginástica): melhora a circulação cerebral.
  • Treino de força: preserva massa muscular e está associado a melhor função cognitiva.
  • Exercícios de equilíbrio e coordenação: estimulam o controlo motor e a integração sensorial.
  • Exercícios que envolvem raciocínio e atenção (ex.: aprender novas sequências de movimento): desafiam simultaneamente corpo e mente.



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EXERCÍCIO CLÍNICO: A ABORDAGEM MAIS SEGURA

Tal como acontece com a saúde física, também no treino cognitivo é fundamental que o exercício seja adaptado e supervisionado. Muitas pessoas nesta faixa etária apresentam doenças crónicas ou estão polimedicadas, o que aumenta a necessidade de segurança.

O exercício clínico sénior, orientado por fisioterapeutas, garante:

  • Avaliação inicial da condição física e cognitiva.
  • Plano de treino personalizado, ajustado ao estado de saúde e objetivos individuais.
  • Progressão gradual, para estimular o corpo e o cérebro sem riscos.
  • Sessões em ambiente seguro e supervisionado.
  • Integração com outros profissionais de saúde, sempre que necessário.


CONCLUSÃO

O declínio da memória e da concentração não precisa de ser aceite como inevitável. O exercício físico é uma ferramenta poderosa para preservar a função cerebral, reduzir riscos de demência e manter a autonomia por mais tempo.


Na Intrafisio – Centro de Fisioterapia em Coimbra, trabalhamos diariamente com pessoas com mais de 60 anos, ajudando-as a recuperar a confiança no movimento, com toda a segurança e acompanhamento especializado.


Se tem interesse em compreender melhor como está a saúde funcional (força, equilíbrio, resistência e mobilidade), convidamo-lo a realizar a Avaliação Funcional — um primeiro passo simples, sem compromisso, que permite perceber o estado atual e definir estratégias seguras para envelhecer em movimento.




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Fisioterapeuta Óscar Caridade
Ordem dos Fisioterapeutas 805



INTRAFISIO – Centro de fisioterapia referência em exercício clínico sénior em Coimbra

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