QUEDAS NOS IDOSOS: DESCUBRA COMO REDUZIR O RISCO DE QUEDAS NA IDADE SÉNIOR...

INTRODUÇÃO

As quedas são um dos maiores receios das famílias que têm pais ou avós com mais de 60 anos. Muitas vezes, o idoso já caiu em casa ou na rua, ou demonstra insegurança crescente ao caminhar, precisando de apoio constante. Este cenário preocupa a família: além da dor física e dos riscos de fraturas, as quedas estão associadas a internamentos, perda de autonomia e medo de voltar a sair de casa. Mas é importante saber: as quedas não são uma consequência inevitável do envelhecimento. Existem estratégias eficazes para reduzir este risco e ajudar os idosos a manterem-se ativos, confiantes e seguros.



PORQUE ACONTECEM TANTAS QUEDAS NOS IDOSOS? PRINCIPAIS CAUSAS DO RISCO DE QUEDAS.

O envelhecimento traz alterações naturais no corpo, mas também condições clínicas que aumentam a probabilidade de quedas. Entre as causas mais frequentes encontram-se:

  • Perda de força muscular (sarcopenia) → dificuldade em levantar-se da cadeira, subir escadas ou reagir a desiquilíbrios;
  • Alterações do equilíbrio e coordenação → tropeços ou instabilidade ao caminhar, marcha lenta e instável;
  • Problemas articulares e dor crónica (artroses, lombalgias, cervicalgias) → menor confiança nos movimentos;
  • Doenças neurológicas (Parkinson, sequelas de AVC) → alterações no controlo motor, reflexos e tempo de reação;
  • Polimedicação → alguns fármacos podem provocar tonturas, hipotensão ou fadiga;
  • Problemas de visão ou audição → maior dificuldade em reagir ao ambiente.
  • Ambiente doméstico pouco adaptado → tapetes soltos, má iluminação, ausência de barras de apoio, superfícies escorregadias, calçado inadequado (chinelos, por exemplo)



QUEDAS NOS IDOSOS: CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE E IMPACTO NA FAMÍLIA

Uma queda pode ter consequências físicas e emocionais sérias:

  • Fraturas (ex.: anca, punho) com necessidade de cirurgia e internamento;
  • Traumatismo craniano (com ou sem perda de consciência);
  • Lesões de tecidos moles (entorses, contusões, hematomas);
  • Imobilização prolongada → perda de massa muscular (sarcopenia acelerada);
  • Úlceras de pressão (em idosos acamados após a queda);
  • Trombose venosa profunda / embolia pulmonar (devido a imobilização);
  • Diminuição da mobilidade permanente;
  • Dependência de auxiliares de marcha (bengala, andarilho);
  • Agravamento de doenças pré-existentes (ex.: artroses, osteoporose, diabetes mal controlada);
  • Perda de confiança → muitos idosos, mesmo após uma queda ligeira, passam a ter medo de andar;
  • Isolamento social → evitam sair de casa por receio, reduzindo a qualidade de vida;
  • Dependência crescente → tarefas simples, como tomar banho ou caminhar, passam a exigir ajuda da família;
  • Maior risco de mortalidade (estatisticamente, quedas são uma das principais causas de morte acidental em idosos).



COMO PREVENIR QUEDAS NOS IDOSOS: ESTRATÉGIAS PRÁTICAS E EFICAZES

O que a família pode fazer:

  1. Adaptação do ambiente
  • Retirar tapetes soltos e cabos do chão.
  • Melhorar a iluminação, sobretudo em corredores e casas de banho.
  • Instalar barras de apoio em zonas críticas (como no duche ou junto à sanita).
  1. Escolher calçado adequado
  • Sola antiderrapante e bem ajustado ao pé.
  • Evitar chinelos abertos ou sapatos demasiado duros.
  1. Reforçar a segurança diária
  • Incentivar o uso de auxiliares de marcha quando recomendados.
  • Estimular pequenas caminhadas seguras para manter mobilidade.
  1. Educação da família
  • Estar atenta a sinais de alerta: marcha arrastada, dificuldade em levantar-se da cadeira, instabilidade ao virar-se.
  • Saber como apoiar o idoso sem criar dependência excessiva.


O QUE DEVE SER FEITO COM ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO:

Embora as medidas anteriores sejam importantes, elas não substituem uma intervenção clínica estruturada. A maioria dos idosos apresenta comorbilidades (como diabetes, hipertensão, artroses, problemas neurológicos) e está frequentemente polimedicada, o que aumenta os riscos e torna fundamental uma abordagem segura. Por isso, o primeiro passo deve ser uma avaliação funcional detalhada, onde se analisa:


  • Força muscular;
  • Equilíbrio;
  • Mobilidade articular;
  • Capacidade cardiorrespiratória (resistência física);
  • Estado geral de saúde.


Com base nesta avaliação, o fisioterapeuta define um programa de exercício clínico individualizado, adaptado às necessidades de cada utente.


  • O treino de força e equilíbrio é a intervenção mais eficaz para reduzir o risco de quedas.
  • As sessões são realizadas em ambiente clínico e seguro, garantindo que os movimentos são feitos de forma correta.
  • O idoso recupera confiança no movimento, enquanto a família ganha tranquilidade, sabendo que o risco de novas quedas está a ser reduzido de forma eficaz.



EXERCÍCIO CLÍNICO SÉNIOR: PORQUE O ACOMPANHAMENTO ESPECIALIZADO REDUZ O RISCO DE QUEDAS

O fisioterapeuta tem um papel central na prevenção de quedas na idade sénior:

  • Realiza uma avaliação inicial completa, identificando fatores de risco;
  • Prescreve um programa de exercícios personalizado, adaptado a doenças crónicas, dor ou polimedicação;
  • Garante um ambiente seguro, monitorizando cada sessão;
  • Trabalha em equipa com médicos ou outros profissionais de saúde, se necessário;
  • Ajuda o idoso a recuperar a confiança no movimento, reduzindo o medo de cair.


Este acompanhamento não beneficia apenas o idoso — traz também tranquilidade à família, que sabe que o seu familiar está a ser cuidado de forma adequada.



CONCLUSÃO

As quedas não devem ser aceites como uma consequência inevitável do envelhecimento. Com uma avaliação adequada e um programa de exercício clínico sénior, é possível reduzir riscos, aumentar a segurança e devolver autonomia.


Na Intrafisio - Centro de Fisioterapia, em Coimbra, dispomos de fisioterapeutas especializados em exercício clínico para a população sénior, preparados para avaliar e planear programas de exercício adaptados, focados na prevenção de quedas e na recuperação da confiança no movimento.


Se tem interesse em compreender melhor como está a saúde funcional (força, equilíbrio, resistência e mobilidade), convidamo-lo a realizar a Avaliação da Idade Funcional — um primeiro passo simples, sem compromisso, que permite perceber o estado atual e definir estratégias seguras para envelhecer em movimento.



👉    SAIBA MAIS SOBRE A AVALIAÇÃO DA IDADE FUNCIONAL AQUI
(Deixe os seus dados e a nossa equipa entrará em contato consigo)




Fisioterapeuta Óscar Caridade
Ordem dos Fisioterapeutas 805



INTRAFISIO – Centro Clínico de Fisioterapia e Exercício Sénior em Coimbra

www.intrafisio.pt

INTRAFISIO, LDA – NIPC 513036385
Rua de Aveiro, Lote 2A, 3000-064 Coimbra, Portugal
Número de Registo ERS: 23601 – Licença de Funcionamento: 23687


Pessoa com mais de 60 anos a realizar exercício de força adaptado com fisioterapeuta, para recuperar
Por Intrafisio Lda 21 de agosto de 2025
A perda de força e massa muscular após os 60 anos, conhecida como sarcopenia, não é inevitável. Descubra como o exercício clínico pode ajudar
Idoso a realizar exercício acompanhado por fisioterapeuta em ambiente clínico, com foco em segurança
Por Intrafisio Lda 19 de agosto de 2025
Descubra como o exercício depois dos 60 pode ser seguro e benéfico, mesmo com doenças crónicas e medicação, quando acompanhado por fisioterapeutas.
Lombalgia: A minha coluna estará
Por Intrafisio Lda 15 de setembro de 2022
Lombalgia: A minha coluna estará "fora do sítio"?
Tendinopatia Patelar: O que é? Sintomas? Causas? Tratamento?
Por Intrafisio Lda 8 de setembro de 2022
Tendinopatia Patelar: O que é? Sintomas? Causas? Tratamento?
Lombalgia ou Dor Lombar - Devo manter-me ativo?
Por Intrafisio Lda 5 de setembro de 2022
Lombalgia ou Dor Lombar - Devo manter-me ativo?
Dor Lombar - Ter dor matinal significa algum problema grave?
Por Intrafisio Lda 28 de agosto de 2022
Facto ou Mito? A dor lombar matinal é sintoma de um problema grave?
Por Intrafisio Lda 1 de agosto de 2022
Tratamento por Ondas de Choque - Quais os benefícios?
Tendinopatia da Longa Porção do Bicípite? Sintomas? Tratamento?
Por Intrafisio Lda 28 de janeiro de 2022
Tendinopatia da Longa Porção do Bicípite: O que é? Quais os sintomas? Existe tratamento?
Óscar Caridade - 14.000 Procedimentos Invasivos Ecoguiados
Por Intrafisio Lda 9 de janeiro de 2022
Óscar Caridade - 14.000 Procedimentos Invasivos Ecoguiados
Por Intrafisio Lda 24 de novembro de 2021
Tendinopatia de Aquiles: O que é? Quais os sintomas? Existe tratamento?
Show More